Santander Brasil tem lucro de R$ 2,14 bilhões, queda de 47% para o 1º trimestre

O banco usou reversão de provisões relacionadas a questões tributárias, no montante de R$ 4,2 bilhões, para reforço do balanço, segundo o resultado.

 

O Santander Brasil teve lucro líquido de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre, 46,6% abaixo do resultado obtido um ano antes, informou o banco nesta terça-feira (25). O desempenho foi afetado em parte por provisões maiores para inadimplência.

O banco informou que o resultado bruto de créditos de liquidação duvidosa totalizou R$ 11 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 49,4% no trimestre e 138,5% no ano, “incrementado por um reforço de balanço de 4,2 bilhões realizado no trimestre”.

O banco usou reversão de provisões relacionadas a questões tributárias, no montante de R$ 4,2 bilhões, para reforço do balanço, segundo o resultado.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 1,83 bilhão para o Santander Brasil no primeiro trimestre, segundo dados da Refinitiv.

O Santander Brasil teve queda de 31,6% na margem financeira líquida nos três primeiros meses do ano sobre o mesmo período de 2022, mas uma evolução de quase 24% na comparação com o final do ano passado.

O índice de inadimplência acima de 90 dias encerrou março em 3,2% ante 2,9% um ano antes e 3,1% no quarto trimestre do ano passado. A inadimplência de curto prazo também cresceu, saindo de 4,2% no primeiro trimestre de 2022 para 4,5% agora.

“A PDD (provisão para inadimplência) e o aumento do custo de crédito se mostram compatíveis com o momento, estando ainda pressionados por safras antigas”, afirmou o Santander Brasil no balanço.

 

O banco teve queda de 10,1 pontos percentuais no retorno sobre o patrimônio líquido, para 10,6%, no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, mas o índice de eficiência cresceu quase 5 pontos, para 40,8%.

O banco elevou a carteira de crédito ampliada em 12,3% no primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 586,35 bilhões, impulsionada pela linha de grandes empresas, que evoluiu 18,9%. Na pessoa física, a carteira cresceu 8,4%.

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